quarta-feira, 13 de julho de 2011

Para já a Dinamarca


O projecto social europeu já teve melhores dias. Com efeito, agora é a Dinamarca que impõe novas regras na assistência aos imigrantes.
De acordo com o "Copenhagen Post" quem procurar o país para trabalhar vai ter de ganhar o direito de acesso aos cuidados médicos gratuitos. Assim, por um período de provação de vários anos, as consultas, os medicamentos e as intervenções cirúrgicas serão a expensas dos próprios. O mesmo se verificará nas licenças de maternidade e nos empréstimos e abonos a estudantes. Este conjunto de medidas veio endurecer aquelas que já haviam sido tomadas em Dezembro último, para obter o direito de residência.
O Primeiro Ministro Rasmussen explica: "A Dinamarca tem um alto nível de prosperidade que deseja manter. Isso será impossível de manter se as pessoas se limitarem a passar a porta de entrada para obter vantagens financeiras sem contribuir para a economia do Estado".
Parece evidente que assim seja. Tudo na vida tem um preço, e não seria justo para os dinamarqueses que fossem apenas eles a pagar os benefícios daqueles que os procuram e se limitam a usufruir das vantagens, sem para elas terem contribuído.
Um dia possivelmente chegará a nossa vez de encararmos o problema. Com a agravante de que em Portugal a concessão da nacionalidade está a tornar-se um processo demasiado fácil para todos aqueles que só nos procuram para franquear a porta da Europa.

HSC

10 comentários:

Anónimo disse...

Drª Helena

Muito oportuno este seu texto.

Aliás nunca percebi bem, como seja possível governar uma casa, com a porta da rua sempre aberta.

Estas medidas e outras muito mais restritivas vão, forçosamente, ter de ser implementadas em Portugal e por toda a Europa.

Muitos governos de muitos países, mercê da mais refinada corrupção, não cuidam dos seus cidadãos e por isso exportam desemprego e miséria.

Como é que se compreende que Portugal tenha mais de 500 000 estrangeiros a residir no território, se tem mais de 600 000 desempregados nacionais?

Estamos a pagar subsídios de desemprego a milhares de estrangeiros ou nacionalizados atabalhoadamente, mercê das leis insensatas, feitas por insensatos.

A própria população cá residente está a alterarar-se na sua matriz e não me admira nada que em 50 anos os nossos netos sejam uma minoria, arrogantemente maltratada por híbridos. Estes, não sentem qualquer amor ao torrão independente sonhado por D. Afonso Henriques, onde repousam os ossos dos avós dos nossos avós.

Deste assunto, nenhum partido político, dos que andam na ribalta, quer falar porque são de matriz internacionalista.

Só o partido nacionalista (PNR) é que tem tido a coragem de levantar a questão, mas é votado ao ostracismo e fingem que ele não existe, ou sobre ele lançam as maiores calúnias, perante a indiferença da maioria dos Portugueses.

Unknown disse...

E sempre fizemos gala nisso... dos facilitismos...

Mar disse...

Essa questao de acesso a saude dificultada aos estranjeiros, nao hesiste so na Dinamarca, no Canada ee bem dificil pagar as quantias exorbitantes que pedem por exemplo a uma gravida para fazer analises de rotina ou uma ecografia.E se alguem tiver a azarite de uma queda e partir um ossito deve preparar sempre para cima de cinco mil dolares para pagar a conta do hospital.
Quanto a sua opiniao final, estou de acordo.
Abracos

Unknown disse...

Estou de acordo com o texto pois essa é a verdade tudo entra em Portugal,mas contribuir para a nossa económia nada,por isso as medidas da Dinamarca são mais que acertadas.

Raúl Mesquita disse...

Parece-me que o problema está mal posto, pelo menos no caso português no que toca aos últimos decénios. Certa mão-de-obra estrangeira foi muito mais barata do que a portuguesa. Os empresários preferiam-na. Os mesmos espalharam, certos políticos difundiram (o mesmo vale para outros países europeus) que os imigrantes estavam a ter direitos demais. Então como é? Vai-se buscar mão-de-obra barata e depois não se lhe dá cuidados médicos ou até a nacionalidade ao fim de cinco anos se essas pessoas souberem falar bem a Língua, uma vez que é esta a Lei Portuguesa? Vamos lá, tem de haver coerência. Falar é fácil.

Raúl Mesquita.

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro Raúl
Não leu bem o que eu escrevi. Nós não fomos buscar os imigrantes. Eles é que decidiram vir para o país tentar a sua sorte.
É evidente que quando a sua situação laboral esteja resolvida, os seus direitos sejam adquiridos.
No meu texto falava-se de pessoas que não ajudavam a economia do país e gozavam dos mesmos direitos daqueles que trabalhavam.
Ou seja, a trabalho igual, salário igual e direitos iguais. O caso que referi é, apenas e só, o contrário!

Raúl Mesquita disse...

Cara Helena

Percebo perfeitamente o que diz e que faz sentido. Todavia vou mais longe. Não ponho de lado o caso de ter havido "camionettes" e "camionettes" de pessoas a quem se prometeu "este mundo e o outro", as quais pagaram tudo o que tinham, ficando as máfias ilesas, e que, afinal, foram atiradas para o desemprego. Tal facto não terá acontecido apenas no RU… Que se faz delas? Não são, porventura, humanas? E muitas arranjaram emprego (sub-emprego, para sobreviver.)

Deixo a pergunta em aberto.

Raúl.

Anónimo disse...

é preciso ter coragem para tomar uma decisão destas.....

erva doce

Anónimo disse...

Cara senhora: Não podia vir mais a propósito este seu post!!
No nosso país acontece precisamente o contrário: RIS para imigrantes ( supostamente devriam vir para trabalhar e caso não o conseguissem retornar ao seu país); nacionalidade dada a quem não fala português e etc.
Sou a favor da imigração. É imprescíndivel e quando devidamente apoiada e enquadrada é uma mais valia em todos os aspectos. No entanto sou contra o facilitismo, o abdicar da nossa cultura em prol da liberdade cultural dos outros e por aí fora. Posso partilhar o artigo no FB?
Com admiração

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro Anónimo das 16:36
Claro que pode.
No blogue há uma chamada de atenção dizendo que pode usar-se desde que se mencione a autoria e o blogue.
Bem haja pela atenção.