sexta-feira, 29 de julho de 2011

SIS


Segundo o jornal i José Almeida Ribeiro pertencerá ao quadro dos serviços de informação e segurança - SIS - há trinta anos, dos quais quinze foram passados na actividade política.
Numa primeira fase, esteve mais próximo de Cavaco Silva, cuja campanha acompanhou em 1991, enquanto "espião". Mas acabou por ser no PS que ganhou importância política, chegando mesmo a integrar o último executivo de José Sócrates.
Na década de 90, Almeida Ribeiro esteve também no gabinete do então Ministro da República para os Açores, Mário Pinto - um militante histórico do PSD -, mas acabou por voltar ao SIS com o fim do chamado cavaquismo.
Quando António Guterres venceu as eleições, Manuel Maria Carrilho - à época ministro da Cultura -, requisita-o de novo ao SIS e escolhe-o para seu chefe de gabinete. Quando em 2000, Carrilho deixa o governo, Riibeiro volta, uma vez mais, aos serviços de informação.
A proximidade de Almeida Ribeiro a José Sócrates, terá nascido no primeiro governo de António Guterres e quando aquele foi eleito primeiro-ministro, trouxe-o para seu adjunto político.
Certo é que, contas feitas, este quadro das "secretas" passou cerca de quinze anos na actividade política, ou seja, metade da sua vida profissional a trabalhar com informação condidencial.
Confrontado com a mobilidade que existe no SIS, o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, Prof. José Manuel Anes, defende que os casos mais graves são a transição dos serviços e informações para o sector privado.
Contudo, alerta que a situação ideal seria haver estabilidade profissional dentro dos serviços. Mas o facto é que é a própria legislação que permite que tal nem sempre se verifique.
Tudo isto, numa altura em que a ida para uma empresa privada do ex-director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Silva Carvalho, veio reabrir a discussão sobre o modelo que deve ser aplicado aos elementos daqueles serviços.
É que, de facto, a sensibilidade política deste género de funções, não pode deixar de exigir um modelo que se afigura relevante redefinir, face ao momento que o país atravessa, onde este tipo de conhecimentos têm um altíssimo valor!

HSC

quinta-feira, 28 de julho de 2011

As girls e os boys


As direcções das instituições devem ser geridas com competência. Em particular as bancárias, em tempos de tormenta. Logo, a escolha dos respectivos gestores deve obedecer, estritamente, a esse critério.
Eu sei que há boys e girls competentes. Mas não são, infelizmente, a norma. A norma é a de que os ditos são indicados para os lugares, sobretudo, pela sua cor política e empenhamento na mesma. Logo, mesmo os competentes estão, à partida, condenados.
Injusto? De certo. Mas a política também é a capacidade de cometer injustiças, em nome de outros cuidados.
O que este governo necessita é de muita credibilidade. E esta só pode vir, em tempo de crise e eleição recente, da escolha de gente fora de série, cuja perícia ninguém ponha em causa.
Já nos chegaram seis anos duvidosos. Os partidos do governo, nomeadamente Passos Coelho, não podem esquecer que dez milhões de portugueses estão de olhos postos neles. E que 30% desses portugueses só está à espera que eles se espalhem.
Sócrates ainda teve um longo período de graça. O actual governo não!

HSC

Cá me queria parecer...


Venho aqui dizendo, há já bastante tempo, que a televisão nacional - pública e privada - foi atacada por um vírus que nos dá cabo da paciência e, pelo menos no meu caso, me faz fugir para o Cabo - que paulatinamente vai subindo nas audiências -, ou para os canais internacionais.
Trata-se, como já devem ter percebido, dos frente a frente ou debates, como lhes queiram chamar, que, opondo representantes dos vários partidos políticos, nada produzem de útil face ao objectivo para que foram criados, ou seja esclarecer quem precisa de ser esclarecido.
Se são demasiado técnicos ninguém os percebe; se são demasiado simples, não interessam ninguém; se são acalorados podem deslizar para a má educação. Logo, em qualquer das hipóteses, o objectivo fica longe de ser alcançado.
Como não vejo nada disto - dou ao meu tempo, precioso, utilização mais rentável - ignorava totalmente o que se passara entre Teresa Caeiro e Alfredo Barroso. Assim, lá tive que ir à net e pôr-me a par.
A quezília começou pela leitura que Barroso fez de um decálogo que um jornalista elaborara sobre aquilo que o governo, ao fim de um mês, ainda não havia feito. Ou se preferirem, pela contradição ou atraso no que, até então, realizara.
Como se vê, matéria do maior interesse e oportunidade dado o período de tempo decorrido. Não teço quaisquer considerações sobre o assunto, que além de me não interessar tem por origem declarações de um filho meu, de quem Barroso gosta particularmente.
A discussão tornou-se viva, ou melhor, tempestuosa, e Mário Crespo acabou, até, por ser envolvido, no discurso de Barroso, num desprezível "vocês" que, em princípio, apenas se deveria dirigir ao CDS, ao seu líder e a Caeiro.
Um desastre, que só terminou quando Crespo, em desespero de causa, pediu desculpa aos telespectadores por não ter conseguido moderar o debate.
Talvez depois disto, terminem estes programas que, se arredondem o fim do mês dos comentadores, na maior parte dos casos, nem ao Menino Jesus interessam!

HSC

terça-feira, 26 de julho de 2011

Quando os políticos se confessam...


Quando os políticos começam a confessar-se, temos o caldo entornado... Os cidadãos, por norma, não estão muito empenhados em ouvir confissões, mais ou menos romanceadas, das vidas dos homens e das mulheres de quem apenas esperam, isso sim, que cumpram as promessas feitas.
As suas vidas íntimas, os seus amores ou desamores, apenas respeitam os próprios e os amigos. E, talvez, acredito, alguns voyeuristas.
Mas todos eles, mais tarde ou mais cedo, acabam sempre por cair na esparrela. Veja-se o exemplo dos Gato Fedorento que até o Primeiro Ministro da época levaram à confissão, num programa feito à medida para tal modalidade...
Agora é David Cameron, o PM britânico que revela que uma das suas frustrações de infância, foi ter vivido "na sombra do (meu) irmão mais velho". Apesar de ter muito orgulho no dito, Alex de seu nome, porque foi, admite, seu modelo.
Contudo, o certo é que coube ao mais novo tomar nas suas mãos a chefia da nação, ficando o outro como advogado com escritório na capital.
Estas e outras confissões vieram ontem, numa coluna de opinião, na revista Big Issue, em que Cameron foi o editor convidado. Devem ter causado imenso impacto no tal grupo estrito. Mas a quantos ingleses é que terá interessado saber de tão pungente trauma? Pelos vistos, o dito, até lhe fez bastante bem...
Em Portugal, felizmente, para além de uns perfis biográficos para colocar na net ou na Wickipedia, o facto ainda não é, felizmente, muito frequente. Mas a coisa parece que se pega...

HSC

Já não somos o Paraíso...



Pela primeira vez em tinta anos, a imigração recua. No final do ano passado residiam no nosso país 445262 estrangeiros, valor que representa uma redução de quase 2% relativamente ao ano anterior. Destes, os brasileiros são a colónia dominante, embora a Roménia seja o país da União Europeia com mais cidadãos a residir em Portugal. Entre os restantes destacam-se Cabo Verde no quarto lugar, Angola, no quinto e a China no oitavo.

Estes estrangeiros concentram-se mais no litoral e na região sul, tendo Lisboa, Faro e Setúbal cerca de 70% do total de estrangeiros.

Se a isto juntarmos a emigração que continua a aumentar, começamos a ter o retrato dum pais um pouco diferente daquele que os manuais por onde estudei mostrava, sobretudo porque desta população migrante nascem filhos que sendo portugueses trazem hábitos e costumes diferentes dos nossos. Tal como acontece aos filhos de portugueses que nascem noutras terras e por lá ficam, adaptados ao mundo em que cresceram.

Com uma pequena diferença. É que nós estamos a exportar cérebros, mas a importar apenas mão de obra. Que, claro, contribui para a Segurança Social mas, em contrapartida, envia para o seu país todas as divisas disponíveis...

Julgo que mais tarde ou mais cedo o país terá que equacionar todas estas questões. Que não são pequenas.


HSC

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O anjo dos ditadores


No suplemento do El Mundo - a Cronica - de 10 de Julho, a capa retrata o doutor Garcia Sobrido, um cirurgião de 66 anos de idade que chefia a cirurgia do Hospital Gregorio Marañon, em Madrid.
Porque falo dele? Porque é ao seu bisturi e à perícia com que o maneja que se mantém vivo Fidel de Castro, a quem operou em 2006. E agora, também, Hugo Chavez, que a ele recorreu.
A cada seis meses o discreto e eminente cirurgião ruma de Madrid para Cuba com a missão de manter a saúde de Fidel. E agora também a de Chavez.
Este homem que tem tratado os mais famosos do mundo clarifica, contudo, que para ele todos os doentes são iguais e não permite, jamais, qualquer aproveitamento político do seu mister.
O que, convenhamos, não deve ser nada fácil, a alguém de quem, neste momento, depende a saúde de dois ditadores...

HSC

domingo, 24 de julho de 2011

As boas esposas



Grande parte dos que me lêm devem conhecer a excelente série televisiva "The Good Wife". Trata-se de uma ficção baseada num caso real, o do Governador de New York, Eliot Spizer que teve de se demitir por causa de um affaire com uma prostituta e a quem sua mulher Silda não abandonou.
Como não os abandonaram outras mulheres traídas pelos seus maridos. É o caso Anne Sinclair relativamente a DSK, de Huma Abedin - a poderosa assessora de Hillary Clinton - face a Anthony Weiner, que teve de demitir-se do Congresso por enviar a algumas jovens fotos eróticas. A própria Hillary também não abandonou Bill.
Num jantar em que estive, no estrangeiro, discutia-se se a série não deveria chamar-se antes " A esposa idiota", tal a variedade de posições dos convidados. Estive calada - a vida já me ensinou muito - mas a conversa fez com que pensasse no que eu própria faria se me visse em tais condições.
É que as pessoas são muito complexas - aquela amostra do jantar tornava isso muito claro - e sobre estas matérias vale a pena pensar bem antes de responder. Porquê?
É que por detraz de tanta abnegação podem esconder-se outros objectivos, desde vantagens na própria carreira política, até ao usufruto das mordomias que, por norma, um marido rico proporciona. Ou, até, quem sabe, privilégios como aqueles de de que disfrutava Danielle Miterrand que conhecia perfeitamente a vida dupla do consorte, mas não o deixou.
Depois há "esposas dependentes" que só se sentem realizadas quando, por fim, se convertem no suporte de um marido vilipendeado, e após anos de desprezos e segundos planos. Ou ainda as "esposas cegas" como a do expresidente israelita Moshe Katsav, condenado por violação e que continua a seu lado. Ou mesmo Maria Shriver, que só quando viu a semelhança do garoto da empregada doméstica com Arnold resolveu divorciar-se, após anos de infidelidades sucessivas.
Ou ainda a "esposa companheira" e cumplice que o é muito antes de ser amante e enamorada. Ou mesmo a "esposa generosa" que tudo perdoa e parte do zero cada vez que é atraiçoada. Calculam, portanto, a variedade de opiniões...
Depois de tudo isto que viera a propósito da série e de um artigo da jornalista Uriarte publicado recentemente no suplemento Mujer Hoy, lembrei uma crónica da mesma jornalista, que abordava a questão dos "Bons Esposos" e referi-me ao político Peter Robinson que apoiou a sua mulher Iris, deputada que o terá enganado com um jovem quarenta anos mais novo que ele...
No fim, concluiu-se que o problema residia no facto de haver muito mais boas esposas do que bons maridos!Justíssimo...

HSC

sábado, 23 de julho de 2011

Porquê ser político?


Numa das últimas revistas do El País Semanal, o colunista Javier Marías intitulava uma das suas crónicas com a pergunta "Porqué quieren ser políticos?". O texto visava, sobretudo, a ocupação das praças que, lá como cá, teve lugar. Mas ia além disso.
De facto em Espanha como em Portugal os políticos constituem uma das classes mais mal vistas. E não é de agora. Por isso é justa a questão posta. Tirando os militantes cegos, poucos são os que os apreciam.
"São culpados de todos os males,recebem insultos constantes dos rivais e ultimamente até dos cidadãos, são, com frequência, acusados de ladrões e corruptos, tem-se deles s ideia de seres incompetentes ou idiotas, são acusados de agirem em benefício próprio ou dos partidos, e cada vez mais são considerados os títeres do poder económico".
Hoje são tantos os seus dissabores que é normal perguntar-se como é que há tanta gente a prestar-se a tal papel. Do ponto de vista do cronista havia que salientar cinco grupos: 1)os medíocres que não têm carreira nem salário fora de um meio tão pouco exigente como a política; 2) os que veêm na carreira uma possibilidade de enriquecer; 3) os que veêm o poder como meio de gerir favores úteis; 4)os fanáticos que só desejam impôr as suas ideias, e, finalmente 5) aqueles que, com verdadeira vocação política, com espírito de missão, boa fé e vontade de serem úteis à sociedade se esforçam por lhes melhorar as condições de vida, de liberdade e de justiça.
Não será necessário dizer que destes cinco grupos só um merece respeito e é necessário. E é também, claro, o menos nutrido.
A grande proeza da democracia estaria em saber distinguir os que pertencem ao último grupo. É muito difícil. É por tudo isto que eu prefiro a democracia directa à democracia partidária...

HSC

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Outro esclarecimento

Neste meu desejo de ser perfeccionista, consegui pôr o post relativo à Eurochocolate sem saltos no texto, mas com estas minhas incapacidades tecnológicas, acabei por eliminar três comentários que o mesmo havia merecido. Será que terão a paciência de os repetir? Agradecia!

HSC

Esclarecimento


Da EUROCHOCOLATE Sociedade de Representações Lda recebemos, a propósito do nosso post de 15 do corrente sobre o cesto de figos com a etiqueta "Algarve Souvenir", intitulado QUANDO É QUE ISTO ACABA, as informações seguintes que reproduzimos na íntegra:

1) O Cesto de Figos Recheados produzido e comercializado pela nossa empresa antes demais, não está a infringir qualquer regulamentação no que diz respeito a codificação e informação legalmente obrigatória.

2) Reconhecemos que a designação "Algarve" não terá sido a mais feliz pois induz o consumidor em erro, julgando tratar-se de um produto da região;

3) Contrariamos no entanto a tese de "oportunismo, anti-nacionalismo echico-espettismo" de que a nossa empresa está a ser injustamente acusada, pois a origem dos produtos está bem detalhada na sua etiqueta conforme a lei exige.

4) Ao mesmo tempo afirmamos que infelizmente no nosso país não existe quantidade suficiente de qualquer destes produtos que possa ser comercializada, daí termos utilizado na sua produção figo da Turquia e amêndoa dos Estados Unidos da América devidamente atestados pelo nosso Departamento de Qualidade com as respectivas análises sensoriais, químicas e bacteriológicas.

5) Os produtos nacionais que conseguimos comprar são o Miolo de Amêndoa C/pele da Região do Douro, Figo de Torres Novas, Miolo de Avelã da Beira e alguma Noz C/casca do Alentejo, mas infelizmente não chega para 10% das necessidades do mercado português. Já o Miolo de Pinhão que comercializamos é todo de origem portuguesa, pois as colheitas têm sido bastante regulares.

6) Nunca foi intenção da nossa empresa lograr ou iludir algum cliente, mas se o mesmo aconteceu, resta-nos apresentar as nossas desculpas por qualquer incómodo que possa ter daí resultado e para que não possa suceder qualquer outro problema informamos que já estamos a proceder á recolha de todo o produto do mercado.

7) O código EAN 560 é utilizado por um produto fabricado em Portugal e por uma empresa orgulhosamente portuguesa (capital 100% nacional).

8) Ficaria a nossa empresa muito agradecida que houvesse a ombridade de reencaminhar este comunicado para os mesmos contactos para os quais foi enviada a denúncia.

Esperamos ter dado os esclarecimentos necessários e mais uma vez apresentamos as nossas desculpas.


Neste blogue a norma é dizer a verdade e o que pensamos. Neste caso pensamos que a etiqueta ALGARVE SOUVENIR induz em erro e não era necessária. Como entendemos que o código 560 relativo aos produtos nacionais, só a estes devia ser aplicado. E não estendido ao que, vindo de fora, seja embalado em Portugal.
Mas ficamos gratos pelos esclarecimentos prestados. É sinal que somos lidos e de que a empresa está atenta aos seus consumidores.

HSC

segunda-feira, 18 de julho de 2011

As promessas...


É sempre muito perigoso fazer promessas. Particularmente em política. Porque já ninguém acredita nelas, sobretudo depois de um quinquénio coroado de mentiras.
Foi exactamente isto o que pensei, quando ouvi o Primeiro Ministro prometer que não iria falar do passado, convencido que estava, que eles governo e nós governados, já sabíamos tudo o que havia a saber. Ou seja, finalmente conhecíamos a verdade!
Disse cá para os meus botões que se nem por nós próprios se deve pôr as mãos no fogo, quanto mais pelas mãos do alheio.
Aconteceu o que seria de esperar. Ontém, Passos Coelho, na festa de verão do PSD, em Pedras Salgadas, referiu que havia um "desvio" nas contas públicas de mais de dois mil milhões de euros, que seria preciso colmatar. Ou seja, até ao final do ano, eles teriam de ser absorvidos quer do lado da receita, quer do lado da despesa, para que o deficite estipulado fosse cumprido.
Do lado da receita já fomos mimoseados com o "imposto da boa vontade" e... vamos temendo o que mais irá, ainda, acontecer. Mas do lado da despesa, o governo parece menos lépido. É que só prometeu torná-las conhecidas lá para o fim de Agosto. Temos pena. Mas veremos que dieta ele vai seguir para abater tanta gordura.
Só se for ao concurso da Julia Pinheiro e o ganhar!

HSC

domingo, 17 de julho de 2011

Não havia necessidade...


Obama anda preocupado. E irritado. Quer aumentar o teto do endividamento para não entrar em incumprimento, mas não consegue o acordo de que necessita.
Vai daí, dispara em todas as direcções. Desta vez foi a Grécia e Portugal aos quais não quer ser comparado. E o tom em que o fez demonstra bem o respeito que tem por nós.
Depois. o embaixador americano no nosso país tentou deitar água na fervura. A meu ver era melhor que o não tivesse feito. Obama parece esquecer-se de que nós temos sido aliados dos Estados Unidos até para além do desejável.
É preciso estar-se muito preocupado e baralhado para fazer uma tão ridícula e injusta afirmação. Lição para os obamistas ferrenhos que pululam entre nós.
É que não havia mesmo necessidade, como diria o Herman e digo eu!

HSC

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Quando é que isto acaba?!



Veja as imagens com muita atenção! Aprecie a etiqueta no fundo do cesto!
Fica-se a saber que há uma fabriqueta em Torres Vedras que compra figos
secos a granel na Turquia, e amêndoas descascadas nos Estados
Unidos, embalando-os muito bem embalados num cesto de vime que, talvez seja
feito na China ou na Indonésia!!!
Obra pronta, vende-a por bom preço no Algarve... terra de figueiras e amendoeiras.
Promovendo, claro, a exportação de divisas, quando estamos sem dinheiro e quem nos governa anda a bramar para, mesmo que sejam mais caros, compremos produtos nacionais.
Assim não ! Como condescender com estas coisas?


As fotos e o texto foram-me mandados por uma amiga que está longe e que remete para Portugal todo o dinheiro que ganha a trabalhar. Apenas alterei o uso do pronome pessoal, uma vez que nos tratamos por "tu".
Para mim, o cúmulo dos cúmulos, é que se permita que este "arranjo" seja vendido como um "souvenir do Algarve"!
Quando será que isto acaba?

HSC

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Para já a Dinamarca


O projecto social europeu já teve melhores dias. Com efeito, agora é a Dinamarca que impõe novas regras na assistência aos imigrantes.
De acordo com o "Copenhagen Post" quem procurar o país para trabalhar vai ter de ganhar o direito de acesso aos cuidados médicos gratuitos. Assim, por um período de provação de vários anos, as consultas, os medicamentos e as intervenções cirúrgicas serão a expensas dos próprios. O mesmo se verificará nas licenças de maternidade e nos empréstimos e abonos a estudantes. Este conjunto de medidas veio endurecer aquelas que já haviam sido tomadas em Dezembro último, para obter o direito de residência.
O Primeiro Ministro Rasmussen explica: "A Dinamarca tem um alto nível de prosperidade que deseja manter. Isso será impossível de manter se as pessoas se limitarem a passar a porta de entrada para obter vantagens financeiras sem contribuir para a economia do Estado".
Parece evidente que assim seja. Tudo na vida tem um preço, e não seria justo para os dinamarqueses que fossem apenas eles a pagar os benefícios daqueles que os procuram e se limitam a usufruir das vantagens, sem para elas terem contribuído.
Um dia possivelmente chegará a nossa vez de encararmos o problema. Com a agravante de que em Portugal a concessão da nacionalidade está a tornar-se um processo demasiado fácil para todos aqueles que só nos procuram para franquear a porta da Europa.

HSC

terça-feira, 12 de julho de 2011

Duas notas


Não, não sou o Professor Marcelo. Não dou notas a ninguém, a não ser aos alunos. Estas, a que me refiro, são apenas duas questões que me andam a preocupar.
A peimeira, respeita os Estados Unidos e a sua astronómica dívida. Sim, porque não é só a Europa que está endividada. A América também está. E se Obama até 2 de Agosto não conseguir o consenso do Congresso para reduzir a dívida em 4 mil milhões de dólares, o país entrará em situação de incumprimento. De que, não tenhamos dúvidas, as consequências também se fariam sentir deste lado do Atlântico...
A segunda, refere-se à entrevista concedida ppr Durão Barroso a Fátima Campos Correia. Embora eu não aprecie o estilo da entrevistadora e entenda que as perguntas que fez não foram as mais interessantes, as respostas do Presidente da Comissão Europeia não me satifizeram absolutamente nada. Para além do elogio em causa própria, muito pouco adequado, a repetição da promessa de que lá para o Outono irão regular as agências de notação, pretende fazer dos portugueses idiotas.
As vezes, sem conta, que a dita Comissão e o seu Presidente já prometeram isto, sem nunca alguma coisa sair do papel, é inaceitável.
Porque será que estes "piquenos tops de excelência" não falam menos e fazem mais?!

HSC

domingo, 10 de julho de 2011

Um aniversário especial


Neste Domingo fazia anos uma amiga de quem gosto muito. Costumo dizer que "foi das boas aquisições da minha existência" a qual, sendo já longa, ainda continua a surpreender-me.
Ela, que passa o tempo a acudir aos outros, na sua fase mais díficil - sim, é médica -, queria celebrar meio século de vida, junto de todos aqueles que ama. Mas eram muitos e não era fácil juntá-los todos. E, como adora o mar, desejava acrescentar à amizade, mais este elemento ambiental.
De que se lembrou ela, então? De fretar um antigo veleiro - hoje dedicado ao turismo - e de nos deleitar, durante cerca de quatro horas, com um passeio nas águas do Tejo, onde nos serviu um magnífico lanche ajantarado. O dia estava soberbo e foi tocante ver como era querida por quem ali estava. Houve quem viesse de Espanha, do Norte e do Sul. E houve mistura de graúdos, miúdos e família.
Nesta tarde de Domingo, a aniversariante poude, assim, celebrar 50 anos, rodeada de amor - mãe, marido e filhos - e de amigos.
E eu que tenho, infelizmente, partilhado com ela, nos últimos tempos, mais tristezas do que alegrias, dei graças por fazer parte daquele grupo. Esta amiga especial, chama-se Isabel Galriça Neto e é a responsável pela introdução dos Cuidados Paleativos em Portugal.

HSC

Os tempos do tempo


Não há nada mais falível que a noção que temos de tempo. Sendo o bem mais precioso que possuímos - mais precioso do que a própria liberdade - é também aquele que mais desperdiçamos. Há tempos de alegria, tempos de tristeza, tempos de lazer, tempos de trabalho e, sobretudo, há o tempo que não damos ao tempo.
É quando alguem proximo desaparece ou adoece que, de repente, a noção de escassez dessa preciosidade nos assalta. Nuns casos porque a morte ou a doença acontecem em idades demasiado prematuras. Noutros casos porque, ao contrário, elas se verificam numa fase em que cada dia que passa já pertence a outro tempo.
Há tambem tempos fáceis e tempos difíceis. Queixamo-nos dos últimos, mas valorizamos muito pouco os primeiros. Esta estranha noção de temporalidade faz com que passemos metade da vida a libertar-mo-nos de quem toma conta de nós e outra metade a desejar que tomem conta de nós.
Portugal atravessou momentos de grande facilidade de que apenas alguns se deram conta. Agora que os ventos são tormentosos, as queixas são enormes. Parece que, afinal, só nas dificuldades é que tomamos consciência do tempo que passa sobre nós!

HSC

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Nada me faltará


Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.
Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.
Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.
Convicções que partem de uma fé profunda no amor de Cristo, que sempre nos diz - como repetiu João Paulo II - "não tenhais medo". Graças a Deus nunca tive medo. Nem das fugas, nem dos exílios, nem da perseguição, nem da incerteza. Nem da vida, nem na morte. Suportei as rodas baixas da fortuna, partilhei a humilhação da diáspora dos portugueses de África, conheci o exílio no Brasil e em Espanha. Aprendi a levar a pátria na sola dos sapatos.
Como no salmo, o Senhor foi sempre o meu pastor e por isso nada me faltou -mesmo quando faltava tudo.
Regressada a Portugal, concluí o meu curso e iniciei uma actividade profissional em que procurei sempre servir o Estado e a comunidade com lealdade e com coerência.
Gostei de trabalhar no serviço público, quer em funções de aconselhamento ou assessoria quer como responsável de grandes organizações. Procurei fazer o melhor pelas instituições e pelos que nelas trabalhavam, cuidando dos que por elas eram assistidos. Nunca critérios do sectarismo político moveram ou influenciaram os meus juízos na escolha de colaboradores ou na sua avaliação.
Combatendo ideias e políticas que considerei erradas ou nocivas para o bem comum, sempre respeitei, como pessoas, os seus defensores por convicção, os meus adversários.
A política activa, partidária, também foi importante para mim. Vivi--a com racionalidade, mas também com emoção e até com paixão. Tentei subordiná-la a valores e crenças superiores. E seguir regras éticas também nos meios. Fui deputada, líder parlamentar e vereadora por Lisboa pelo CDS-PP, e depois eleita por duas vezes deputada independente nas listas do PSD.
Também aqui servi o melhor que soube e pude. Bati- -me por causas cívicas, umas vitoriosas, outras derrotadas, desde a defesa da unidade do país contra regionalismos centrífugos, até à defesa da vida e dos mais fracos entre os fracos. Foi em nome deles e das causas em que acredito que, além do combate político directo na representação popular, intervim com regularidade na televisão, rádio, jornais, como aqui no DN.
Nas fraquezas e limites da condição humana, tentei travar esse bom combate de que fala o apóstolo Paulo. E guardei a Fé.
Tem sido bom viver estes tempos felizes e difíceis, porque uma vida boa não é uma boa vida. Estou agora num combate mais pessoal, contra um inimigo subtil, silencioso, traiçoeiro. Neste combate conto com a ciência dos homens e com a graça de Deus, Pai de nós todos, para não ter medo. E também com a família e com os amigos. Esperando o pior, mas confiando no melhor.
Seja qual for o desfecho, como o Senhor é meu pastor, nada me faltará.


Esta foi a última crónica escrita por Maria José Nogueira Pinto e publicada hoje no Diário de Notícias por seu expresso desejo. Exemplar!

HSC

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Chocante

Um amigo mandou-me este mail que, acredito, tenha obtido através da comunicação social. Confesso-me chocada e pergunto-me se a política não estará a colaborar activamente na degradação social mundial. A clivagem entre os que podem - pagos por todos os contribuintes - e os que nada têm, atingiu níveis que me ultrapassam. ´
Eu sei que nas outras instituições internacionais é tambem assim. E até lá temos os nossos representantes que, já aqui, ganhavam muitíssimo. Mas será que há trabalho ou representação oficial que justifiquem isto? Creio que não...apesar do futebol!

"Lagarde toma hoje posse da liderança do FMI e, num comunicado onde divulga os termos da sua nomeação, o Fundo atribui à ex-ministra francesa 551,7 mil dólares (cerca de 381,2 mil euros) por ano, o que dá quase 32 mil euros por mês.

O acordo feito com o seu antecessor, Dominique Strauss-Kahn, partia de uma remuneração de 496,3 mil dólares por ano (342,8 mil euros), ou seja, cerca de 28,6 mil euros por mês. Contudo, as regras do FMI pressupõem uma actualização anual dos salários, de acordo com o índice de preços no consumidor da área metropolitana de Washington, pelo que o ex-líder do FMI já estaria a ganhar uma remuneração superior quando teve de demitir-se, acusado de crime sexual.

Da remuneração que Lagarde irá receber faz parte o salário – 467,9 mil dólares anuais – mas também um complemento de 83,7 mil dólares por ano, destinado a que a nova líder do FMI “mantenha um nível de vida apropriado à sua posição de directora-geral e às necessidades de representação do fundo”.

Além disso, Lagarde irá receber ainda um complemento diário e terá pagas várias despesas, nomeadamente com hotéis. A ex-ministra francesa passará também a ter direito a receber uma reforma do fundo e um complemento adicional."


Ah! esquecia-me de lembrar que lá no FMI, como na UE há sempre uma "actualização anual de salário". Tal e qual o que acontece, neste momento, por causa deles, a todos nós!

HSC

O Insulto do rating

O texto que se segue é, na íntegra, o editorial de hoje do Correio da Manhã e resume muito bem a injustiça da decisão tomada de descer a notação de Portugal para "lixo".

"Da terrível trindade de casas de rating que falharam redondamente na crise financeira de 2008, mas que ainda ditam as regras no mercado e que decidem as margens de juros a aplicar a cada país, a Moody’s foi a primeira a baixar a nota de Portugal para o inferno.

Há o sério risco de a Fitch e a S&P acompanharem a tendência. É verdade que as contas do País não orgulham ninguém, mas atribuir a classificação de lixo ao crédito de um Estado que nos últimos 100 anos pagou sempre as suas contas é um insulto. E ainda é mais injusto atribuir nota tão baixa a um devedor que já assumiu publicamente que quer pôr ordem nas suas contas e anunciou sacrifícios. Já na crise grega as empresas de rating têm sido o principal obstáculo à reestruturação. Parte da tragédia do euro é não haver nenhuma empresa europeia com peso no mercado de avaliação de crédito. O cartel americano domina um mercado que tem interesses e, às vezes, quanto maior for a tragédia de uns, mais lucrativo é o negócio de outros.
A situação vai piorar e mesmo o guarda-chuva do resgate da troika não nos protege da tempestade. A seguir ao lixo do Estado, todas as empresas portuguesas vão sofrer agravamento de juros. Os bancos só podem contar com a ajuda de emergência do BCE, as médias empresas que geram emprego vão ter mais dificuldade de acesso ao crédito. As famílias endividadas vão sofrer mais penalização na prestação mensal a pagar ao banco.
Se Portugal era um náufrago a tentar sobreviver numa tempestade, as agências de rating, em vez de uma bóia, atiram-lhe uma pedra pesada. O País não tem força para atacar os avaliadores, mas a União Europeia deveria passar das palavras duras contra o cartel de rating e iniciar a acção com uma investigação profunda e eventual criminalização de acções ilegítimas que destroem países".


Claro que o facto de ter sido tornada pública a derrapagem orçamental que o anterior governo terá tentado esconder - lembro-me bem das declarações televisivas dos responsáveis na véspera de abandonarem os cargos -, afectou seriamente a já reduzida credebilidade do nosso país nos mercados internacionais que, como se sabe, não analisam "intenções" mas sim "dados". E, é face a eles, que avaliam o risco crescente de Portugal poder voltar a precisar de um segundo pacote de empréstimos internacionais, antes de conseguir regressar aos mercados financeiros. Terá sido este, supõe-se, um dos principais motivos que levou a agência Moody's a cortar o rating de Portugal para um nível considerado "lixo".
Acresce que, de acordo com aquela agência de notação financeira, continua a existir uma cada vez maior possibilidade de que seja imposta a pré condição da participação dos investidores privados num segundo plano de resgate a Portugal, à semelhança do que está a acontecer com a Grécia.
É evidente, que a imparcialidade destas agências se não é medíocre, anda lá perto. Mas Durão Barroso parece não encontrar razões para a criação da tão falada agência de notação financeira europeia... E a Vítor Constâncio também não mostra que o assunto lhe interesse. Claro, são cidadãos do mundo e só virão morrer a Portugal!

HSC

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Uma questão actual



"Todos os portugueses sabem que, excepto pelas costas, não se diz mal dos amigos e conhecidos. Felizmente, devo ter uma costela estrangeira e não me sinto obrigado à regra. Quando o novo secretário de Estado da Cultura, pessoa inteligente e óptima companhia, se estreia na função a prometer que o Acordo Ortográfico será "implementado" em 2012 nos "documentos oficiais e nas escolas" dado ser "um caminho sem retorno", eu gostaria de lembrar ao Francisco José Viegas que caminhos sem retorno também eram, ou são, o TGV, o aeroporto de Alcochete, a bancarrota, a gripe suína e o declínio do Belenenses. O trabalho de um governante consiste, suponho, em tentar contrariar as desgraças ditas inevitáveis. Aceitá-las de braços caídos tende um bocadinho para o fácil e talvez não justifique o salário.
Ainda por cima, às vezes sai mais caro, em esforço e em dinheiro, aceitar as desgraças ditas inevitáveis do que impedi-las. Na questão do AO, por exemplo, parece-me menos complicado deixar as coisas como estão do que proceder à inutilização de toneladas de papel e à revisão de gigabytes de informação "virtual" em nome de um compromisso pateta e de enigmática serventia. Vasco Graça Moura, aqui no DN, já aludiu ao prejuízo material que o AO implica, ao tornar obsoletos manuais escolares, dicionários e livros em geral. Se o objectivo do Governo eleito fosse torrar fortunas em disparates, a "implementação" do AO viria a calhar. Sucede que o momento é, ou assim nos garantem, de austeridade, por isso dói ver aumentos de impostos contrabalançados por desperdícios quantitativamente pequenos e simbolicamente desmesurados. Pior que tudo, além de tonto nos princípios e dispendioso nos meios, o AO é horroroso nos fins."

Alberto Gonçalves in DN de 29 de Junho de 2011

Não posso estar mais de acordo. Espero que Francisco José Viegas um homem de cultura que estimo, tenha consciência do que aqui se diz. É que não somos poucos a pensar assim. Nem somos todos néscios ou idiotas!

HSC

domingo, 3 de julho de 2011

"É a despesa, ...!"


Desculpem o título, mas uma leitura atenta do Expresso desta semana, obrigou-me a parafrasear a célebre expressão tão conhecida dos amanuenses da disciplina que diz "é a economia, estúpido!"
Com efeito o que para já se "vê" nas medidas governamentais é o aumento da receita através dos impostos. E até surgem os que são extraordinários, "só" para este ano. Será?!
Ou seja, nada mais que a velha receita de tributar o trabalho. Ou de aumentar o IVA, como todos os outros fizeram, e que só acaba por ferir os mais pobres. O resto,é tudo ainda e sempre do lado da receita e parece que virá de uma estranhas nacionalizações de coisas que, ou são recursos naturais - caso da REN e das Águas de Portugal, por exemplo -, ou dão lucro como os CTT. O que dá prejuízo, diz-se que será vendido, só não sabemos quando. Algo parecido com Durão Barroso que sabia que havia de ser PM, só não sabia era quando... E foi, de facto. Na pior altura para nós e na melhor altura para ele.
E a despesazinha, quando é falamos dela?! Ah! sim, acabam-se uns tantos governos civis, mais uns lugarzitos de pouca monta e zás! tudo o resto virá a ser oportunamente revelado.
Espero que, ao menos, saibam vender caro as "golden share", embora nada tenha visto referido acerca dessa mais valia que se pode e deve obter, mas que urge clarificar.
Mas e a despesazinha, se faz favor? Bom, parece que vão sobejar uns topos de gama, uns tantos assessores, umas empresas de marketing, enfim, talvez mesmo uns almoços no Eleven e equivalentes. A troika ditou, claro, algumas coisas na saúde, educação, enfim no núcleo duro das nossas vidas. Mas o que me interessa verdadeiramente saber e aos portugueses também, é que tranches da vultosa gordura do Estado serão cortadas. Vi pouco. Parece que tenho de ir ao oftalmologista. Às urgências...

HSC

sábado, 2 de julho de 2011

A noiva não estava feliz...


Este fim de semana tive notícias tristes. Apesar de ser "moçoila" forte, também tenho as minhas fraquezas. Infelizmente não me posso dar ao luxo de as mostrar, porque preciso de dar confiança aos meus, que julgam, sempre, que sou um rochedo!
Assim, não podendo ir para o mar carpir mágoas, resolvi ser um pouco "tontinha" e aliviar a alma a ver...o casamento dos príncipes do Monaco. É verdade.
Eu também tenho, claro, umas mediocridadezitas. Os casamentos reais - que agora se multiplicam - têm um efeito apaziguador na minha "alma de doméstica", como diria a minha Mãe, se fosse viva.E ali fiquei cerca de uma hora a olhar um casal em que a noiva mais parecia ir para um enterro do que para a felicidade.
As pessoas tristes sabem sempre reconhecer a tristeza dos outros. E eu não estava alegre. Talvez por tudo isto veio-me ao espírito a pergunta: mas para que é que eles se casam?!

HSC