quinta-feira, 24 de março de 2011

A vida privada

Rita Cabral, jurista, tem uma tese na qual delimita muito bem o que é privado, público e particular. O nosso Embaixador em França, Dr. Francico Seixas da Costa publicou, há dias no seu blogue http://www.duas-ou-tres.blogspot.com/, um excelente post sobre o assunto. E no seu último programa, Pacheco Pereira abordou, com bastante inteligência, este tema.
Trata-se de algo que, parece, preocupa as pessoas e deve ser criteriosamente ponderado, se não quisermos fazer da devassa individual um mal colectivo.
Hoje, tendo em especial atenção os dias que se aproximam, julgo que é altura de tambem dizer alguma coisa sobre esta questão, já que, por condição familiar e pessoal, lhe tenho sofrido na pele as consequências. E o pior é que elas não vêm só de orgãos de comunicação privados...
É evidente que os políticos têm um escasso campo de manobra nestas questões, porque a "imprensa dita cor de rosa", entende poder fazer uso de imagens privadas não autorizadas, como se públicas fossem. E também é verdade que, à caça de votos, há quem se promova por este meio. Resultado, reina a impunidade, apesar de existir legislação adequada.
Por pensar assim é que não gostei de ver os nossos políticos - todos - prestarem-se a ir aos Gato Fedorento. Ainda bem que o Presidente teve o bom senso de lá não ir. Ou...não foi convidado. Disse-o na altura. Repito-o agora.
Avizinham-se campanhas eleitorais em que todos os partidos se arrogam o direito de dizer barbaridades uns sobre os outros. Tivemos oportunidade de assistir a uma pequena amostra na última eleição presidencial.
Gostaria, enquanto cidadã, que nos poupassem a este lamentável espectáculo, que só serve para enxovalhar famílias inteiras e enfraquecer a democracia. Em política não vale tudo. Na comunicação social também não!

HSC

2 comentários:

Anónimo disse...

oh! como subscrevo.
Abraço
Isabel seixas

Marcolino Duarte Osorio disse...

Drª.Helena,
Não serão apenas conversas viris com alguma ideologia de má criação...? É que não escapa um...; ninguém deseja ser diferente do seu próximo...
Cumprimentos
MO