quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A sociedade civil

Já aqui o tenho dito. Prefiro os movimentos nascidos da vontade de muitos, da chamada sociedade civil, aos partidos políticos cuja origem reside, quase sempre, em originais estrangeiros importados duma Europa caduca à qual orgulhosamente pertencemos e que é efectivamente quem nos comanda.
Em Portugal, à excepção de umas ONG's, não são muito comuns este tipo de associações. A última de que me lembro e da qual fiz parte, nasceu quando se referendou a regionalização e acabou, como previsto, quando foi tornado público o resultado desse referendo.
No entanto, em tempos mais recentes, certas classes profissionais começaram a mexer-se. Refiro-me em particular aos documentos saídos do Projecto Farol, Mudar de Vida, e ao do Forum de Administradores de Empresas. Qualquer deles faz análises curiosas do Portugal de hoje e cuja leitura merece ponderação.
O problema é que nestes movimentos as vozes são quase todas do mesmo foro profissional e o que eu julgo necessário é que haja diversidade de pontos de vista e que as pessoas ou grupos de pessoas tenham experiências diferentes e pensamentos distintos.
Na actualidade não tenho muitas dúvidas de que os partidos se têm vindo a adulterar e a fugir de algo que os devia unir: o melhor para Portugal. Ao contrário, aqui como na restante Europa, o diálogo construtivo foi substituído pela agressão pessoal e substancial, tornando impossível governar um país sem ser com maioria absoluta, ou seja com a ditadura de um só partido...
Não é isto que a democracia pretende como mal menor. Nem a isto se chama democracia. Daí que eu gostasse de ver multiplicada a acção da sociedade civil que se move por objectivos e não por ideologias que envelhecem mais depressa que um qualquer de nós!

HSC

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