segunda-feira, 7 de junho de 2010

Familia

Domingo familiar de almoço com o neto mais velho e jantar com o filho mais novo. Urdindo uma espécie de teia de aranha à nossa volta, que se pretende elástica mas firme, a alimentar este sentimento inquebrável que nos une e nos torna um clã.
Como se, cada um de nós, neste momento, não existisse sem esse fio de aço, imperceptível, que nos segura, nos ampara e, felizmente, também nos faz rir. Sem falarmos do essencial, sabemos que é dele que estamos a tratar!
Com o André falei da gestão dos afectos, essa cadeira da universidade da vida, tão importante e tão necessária ao equilíbrio de cada um e à harmonia de todos. E de que ele é aluno exemplar.
Com o infante falei do país. E de cinema. E de nós. De coisas sérias, que quero acautelar, nomeadamente o futuro dos netos. Com a bonomia de quem tem a certeza que, quando faltar, haverá quem tome o leme e leve o barco a porto firme.
É a este lio que se não vê mas se sente, que eu chamo de família. Sem a qual não seria nada. Sem a qual nem saberia viver!

HSC

3 comentários:

margarida disse...

Aprende-se.
Mas é bem melhor o que tem, por isso tem absoluta razão em se sentir tão venturosa.

Abreijinhos.

Helena Oneto disse...

Bem haja Helena!

Blondewithaphd disse...

A família sempre. Essa que nos marca, o clã. Gosto da ideia de clã, quase de matilha e gosto da ideia da matriarca, o leme, o fio (de prumo ou de Ariadne), o elo umbilical. A minha família perdeu a matriarca, acho que lhe herdei o espaço, pelo menos gostava. E durante o cancro dela, nunca o clã esteve mais enleado dela, de nós, da força vivífica que sentíamos naquela comunhão de afectos que nos enobrecia a alma.

Gostei muito do texto.