quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Ai, a liberdade...

De acordo com o Relatório dos Repórteres sem Fronteiras Portugal estava, em 2007, muito bem posicionado no que à liberdade de imprensa dizia respeito. De facto, ocupava, então, o 8º lugar, a par de países como a Dinamarca, Finlândia e Irlanda.
Mas cá na terrinha as coisas têm sempre que evoluir. Só que nem sempre pelo melhor caminho. Foi o que aconteceu em 2008 em que passámos para a 16ª posição.
Pois bem o mesmo Relatório para o ano de 2009 dá o 1º lugar à Dinamarca e a nós um desprestigiante 30º posto...
Mas sosseguemo-nos, porque há outras preocupações na velha Europa. É que a França e a Itália ainda estão pior do que nós! Ao contrário da América, onde a política seguida ultimamente a faz transitar de 40º para 20º lugar.
Entre a imensidão das nossas preocupações, esta não será, talvez, o matéria mais importante. Mas que é um indicador a ter em conta numa democracia que tanto fala de liberdade, lá isso é!

H.S.C

13 comentários:

Luísa A. disse...

Helena, se fosse só o único: mas passamos a último dos países desenvolvidos, já com um pé no grupo dos países «em vias de desenvolvimento», descemos não sei quantos pontos no capítulo da corrupção, mais 14 pontos no da liberdade de imprensa, na educação descemos sempre… e o que é que isto tudo tem a ver com a crise, que, de resto, afectou o mundo inteiro? Estamos, de facto, muito pior hoje do que estávamos na era pré-socrática… isto para não recuar mais longe.

Anónimo disse...

Eu considero a matéria mais importante, tendo em consideração que os Media controlam as massas, se não forem livres. Hitler soube muito bem disso. A Democracia depende em tudo de tranparência na informação e não o inverso. Está a ser usada e muito mal usada. Com o Governo socialista, todos sabem que não passa nada, que possa fazer mossa a quem está no poder e se passa, ou são processados ou despedidos! Isso é de uma falta de Democracia ao nível dos Países do 3º Mundo e para lá caminhamos como se vê. Com um INDEX para jornalistas!
Sendo Pinto Balsemão um Bilderberg, President of a European Publisher Council e um neoliberal, acha por bem, que os Media estejam ao serviço desses mesmos neoliberais, para fins que não os da Democracia. Sócrates resolveu tirar partido disso, juntamente com o seu cão de fila, Santos Silva, virado para boicotar qualquer informação que denegrisse o Governo e até outros acontecimentos de cariz mundial.
Realmente andamos de olhos vendados e os jornalistas de mordaça na boca, ou no desemprego.
Por falar em governo, que foi feito do "nosso"?! Será que ainda mexe?

diogo disse...

e os culpados têm um nome ?
ou mais uma vez assobia-se para o ar
?

Anónimo disse...

O Santos Fila ficará? Dizem que sim. E por falar em cães...ontem os Gatos davam-nos iguais ao Mali no tal "ranking"! Nisto de liberdade de expressão sou sensível. É assunto que nos deve merecer a todos muita atenção. Nada de abusos de poder (ou do Poder).
P.Rufino

Anónimo disse...

Boa tarde Drª Helena,
sou responsável por uma Biblioteca Púbica no distrito de Lisboa. Gostaria de poder contactá-la, talvez via email, para lhe poder fazer um convite. Para que possamos entrar em contacto deixo o meu endereço de email zitagv@hotmail.com

zz disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Meu caro Rufino, esperemos que o Santos Fila, se vá desta por uma vez!
Já chega o Sócrates! Credo, não me assuste!... :)

Anónimo disse...

O Cão de Fila foi para ministro da defesa!!!
Que horror!!

Anónimo disse...

A liberdade democrática em que vivemos tem por vezes ares de ditadura, mas quando um governo teve maioria absoluta para governar e em muitos casos o que fez foi uma vez mais governar-se!!! Regras temos de ter sempre, tanto em ditadura como em democracia, liberdade de expressão podem ter, muitas das vezes aqueles que falam calados ou a quem ninguém ouve, pois muitos dos que deveriam falar têm muitas vezes de permanecer calados compactuando com o "sistema" ou então o "aparelho" vira-se contra eles e uma vez excluídos podem passar à categoria daqueles que ninguém ouve. Depois há os outros, os jornalistas que ora alinham pelas ideias do "sistema" ou então podem vir a chamar-se "Manuel Moura Guedes" e outros mais. Podemos muitas vezes falar, é certo, mas na maior parte das vezes falar para o ar. Há livros para reclamações aqui, outros ali, mas no essencial será que temos vindo a melhorar. Será que as nossas queixas e angústias têm sido atendidas. Estamos mesmo num mundo melhor!!!
Jorge Galvão

Lura do Grilo disse...

Não culpo só governo. Culpo o jornalismo do lambe-botismo, do um diz-mata-outro-diz-esfola, do empoleiramento em cima do outro para bajular com mais visibilidade, do dois pesos e duas medidas (basta ver a atenção dada à Manifestação de Madrid e dos saudosistas de Honecker e do arame farpado contra o governo Merkel que não tomou posse), do esquecimento conveniente, do auto-anulamento, da ignorância histórica funcional e da luta desenfreada pela publicidade institucional.

JASPC disse...

Tanto alarido para isto. Dei-me ao trabalho de consultar o sitio dos reporteres sans frontieres e o que lá encontrei referente a Portugal foram 3 (três) casos, a saber:
2002 - jornalista condenado em tribunal por se recusar a revelar as sua fontes. Caso com mais de 7 anos;
2004 - 52 jornalistas constituídos arguidos por violação do segredo de justiça no âmbito do processo "Casa Pia". Caso com mais de 5 anos;
2006 - Tribunal autoriza a busca a computadores de jornalistas do 24 horas, processo "Casa Pia". Caso com mais de 3 anos.
São estes casos que nos colocam a par do MALI uma pequeno país debaixo do jugo de "senhores da guerra"?
Tenham paciência.Não devem ter nais nada com que se preocupar

Anónimo disse...

"Assisti ontem no Instituto de Defesa Nacional a uma interessante Conferência proferida pelo Investigador Manuel Ros Agudo que divulgou o documento aprovado pelo Alto Estado Maior espanhol em Dezembro de 1940 contendo um pormenorizado plano de invasão de Portugal e que permanecera escondido durante mais de 60 anos.
Importa sublinhar, desde logo, que a existência de tal plano sempre fora sustentada por algumas personalidades e forças políticas e sempre fora terminantemente desmentida pelos Comandos Militares e Governos de ambos os Países.
Por outro lado, tal plano representa a continuação do plano de anexação de Afonso III visando confessadamente “corrigir os lapsos dos séculos XIV e XVII que tinham permitido a independência a Portugal”.
Por fim, convirá ter presente dois factos tão simples quanto significativos: por um lado, um dos dois principais eixos desse plano de invasão (Madrid, Badajoz, Elvas, Évora, Setúbal, Lisboa), coincide praticamente com o traçado do TGV defendido por Sócrates...
Por outro lado, ainda hoje, uma das divisões de elite do Exército Espanhol, a célebre “Divisão Brunete”, sediada a Norte de Madrid, tem por uma das suas missões tácticas ocupar Lisboa em 24h!!Este é um motivo sério de reflexão, em particular quando se pretende à viva força fazer-nos acreditar que os planos anexionistas espanhóis não são uma ameaça a considerar em termos de estratégia militar e política do nosso País.
Poderão ler mais “pormenores” (que não o são), no Público."

Um pequeno País com uma posição estratécica Oriente/Ocidente, palco do caso Portugate (venda de armas ao Irão, no tempo de Reagan, Cavaco e Mário Soares), realmente não interessa, nem preocupa ninguém, apenas meia dúzia de portugueses mais informados.

Anónimo disse...

Para completar e mostrar como o "nosso" Bilderberg está a trabalhar bem, retirei do blogue de um Honrado jornalista, que a Querida Drª Helena bem conhece e que como muitos outros foi para o desemprego, pela virtude da verdade:

«Ou o governo assume a responsabilidade de encontrar uma solução política para a resolução do imbróglio jurídico que a ERC criou ou nunca iremos ter um 5ºcanal generalista em sinal aberto.
Se bem se lembram (passou meio ano…) a Telecinco interpôs uma providência cautelar na sequência do chumbo da sua candidatura à concessão do novo canal. Tarde e más horas, o tribunal deu razão à Telecinco… a ERC vai, agora, por sua vez, recorrer da decisão. Se os prazos legais continuarem a ser dilatados até ao infinito, o recurso talvez seja julgado ainda este século.
Contentes andarão os barões do meio, sem necessidade de dividirem o bolo por novos parceiros. Descontentes devemos ficar todos nós que continuamos sem novas opções televisivas. Pouco feliz andará também o governo que, assim, não tem como dourar a pílula da introdução da TDT e a obrigação de apagar a emissão analógica dentro de 2 anos. Está-se mesmo a ver que os privados vão começar a argumentar que a adaptação tecnológica é demasiado cara, que o negócio não compensa, que o Estado é que tem de pagar a coisa… enfim, a pedinchice chantagista do costume e em que Balsemão e quejandos são peritos.
Quando inviabilizou o concurso para o 5º canal, a ERC prestou um mau serviço à Nação. E se, por acaso, a Telecinco vencer o recurso, o estado ainda vai ter de abrir os cordões à bolsa numa indemnização milionária que, certamente, os membros da Telecinco não deixarão de exigir.»

Liberdade de expressão?! ONDE?

Para ter cereja no topo do bolo, falta saber o que está por trás dos aviões da CIA.