quinta-feira, 16 de abril de 2009

Ser especial

“Ninguém nasce especial. Tornar-se especial é a nossa obrigação"
(Provérbio antigo)

A afirmação não pode ser mais verdadeira. De facto, que objectivo maior terá cada um de nós? Não sonhamos todos ser especiais ou, pelo menos, sermos vistos como tal por todos aqueles de quem gostamos?
Em contrapartida, quantas vezes não esquecemos que esse deveria ser o eixo orientador da nossa vida?

H.S.C

6 comentários:

Anónimo disse...

Esforçamo-nos tanto para isso, mas às vezes outros valores e ideais se sobrepõem...
Essencialmente, seria necessário abdicar (olho para Gandhi como supremo exemplo de despojamento), e tal é crescentemente difícil.
Ou então, o facto de parecermos tolos aos olhos dos outros. Que nos miram incrédulos e se afastam para terrenos bem mais movediços, por total incompreensão.
Quem perde? Eles? Nós?
Termos razão mas quedarmo-nos sós é alguma obrigação? (no sentido do provérbio)
A cada passo no mundo descubro maiores interrogações.
Cada alma cm que me cruzo me trás mais perplexidade e dúvida.
Ou então, são testes. Repetidos e irónicos (tantas vezes).
Viver é um teste?
Sermos 'importantes' para alguém importa mesmo?
E se à primeira dificuldade 'largam barcos e remos' e nos deixam a afundar?
Que importância real tivemos, afinal?
E isso - perceber isso - importa, quando o destino é o infinito, o intemporal, o desconhecido místico?
... há aulas onde se ministre a arte de viver em paz?

Tété disse...

Por não poder estar mais de acordo consigo, espero que estas linhas (que pretendem ser poema e foram concorrentes ao Prémio Cesário Verde da Câmara Municipal de Oeiras em 2001)confirmem a minha teoria para com a vida e com os outros e sejam a apologia do seu pensamento de hoje:

PARTILHA

Um dia fui acusada
De viver preocupada
Com tudo e todos em excesso.
E tudo porque me interesso
Em dar um pouco de mim
P'ra ajudar a humanidade.
Talvez porque essa razão
Tem como base afinal
Os princípios que aprendi.
Que o próximo também conta.
De alguns a triste desdita por vezes é minorada
Com amor, benevolência e com sincera amizade.
Não importa o que de mim pensam,
Importa aquilo que sou.
Não olho àquilo que dou.
Seja uma ajuda fraterna, um gesto ou uma palavra,
Dita-me a consciência,
Que enquanto eu puder,
E o meu coração bater,
Sem esforço, mas com verdade,
Repartirei caridade.

Boa noite para si.
Um abraço de muita estima e grande consideração.

Ah! Gostei de a ver (como sempre)a assistir no S. Carlos à Gala do Dia Mundial da Voz. Sempre bem a nossa querida Helena.

Tété disse...

Por não pder estar mais de acordo consigo respondo com este meu pensamento que pretende ser poema e concorreu em 2001 ao Prémio Cesário Verde da Câmara Municipal de Oeiras.

PARTILHA

Um dia fui acusada
De viver preocupada
Com tudo e todos em excesso.
E tudo porque me interesso
Em dar um pouco de mim
P'ra ajudar a humanidade.
Talvez porque essa razão
Tem como base afinal
Os princípios que aprendi.
Que o próximo tambám conta.
De alguns a triste desdita por vezes é minorada
Com amor, benevolência e com sincera amizade.
Não importa o que de mim pensam,
Importa aquilo que sou.
Não olho àquilo que dou.
Seja uma ajuda fraterna, um gesto ou uma palavra,
Diata-me a consciência,
Que enquanto eu puder,
E o meu coração bater,
Sem esforço, mas com verdade,
Repartirei caridade.

Uma boa noita para si e um abraço de muita estima e grande consideração.

Tété disse...

Peço desculpa mas o segundo comentário seguiu posteriormente sem querer porque estava apenas esboçado e mal guardado.

Helena Sacadura Cabral disse...

Margarida ser especial é de facto uma obrigação. Para cumprirmos um destino em que todas as nossas qualidades sejam postas a render. Para nós, para os outros, para o país.
Não foi indiferente para mim o exemplo da minha avó materna. Dizia-me, vezes sem conta, que cada um devia fazê-lo, era a "obrigação" de quem fora criada à imagem de Deus.Desse Deus que um dia disse, no deserto," Pai porque me abandonaste?".
Viver é, na verdade, um teste. A nós e à nossa capacidade de amar. Mesmo quando nos magoam.

Abraço

Helena Sacadura Cabral disse...

Tété muito obrigada pelo carinho das suas palavras. A solidariedade foi, na verdade, o que me fez economista... por profissão de fé!