sábado, 18 de abril de 2009

S.Carlos

Terminou a Semana da Voz. Se volto a ela é para partilhar uma reação curiosa que tive no espectáculo de fado dado no S. Carlos. As vozes eram magníficas, distribuídas no feminino por Ana Moura, Carminho, Katia Guerreiro, Maria Ana Bobone e no masculino por Camané, Gonçalo Salgueiro , João Braga. E também Eunice Muñoz e Margarida Pinto Correia em leituras de textos de Helena Rodrigues.
Gosto muito de música e vou ao S. Carlos sempre que posso. Ouvir peças mais eruditas. Pois bem, a reacção curiosa de que falo acima foi a de ter gostado muito de ver a canção nacional cantada naquele palco.
Às vezes desconstruir é preciso. Foi o que aconteceu ali. Participar dessa desconstrução foi muito agradável .
Mais uma vez o meu querido Mario Andrea teve razão na escolha feita. Agora, só nos falta assistir naquele teatro, a uma boa exibição de jazz, que ambos apreciamos!

H.S.C

2 comentários:

Pedro disse...

levei uma amiga filipina, de nome Jing, que se apaixonou pelo trabalho da Amélia Muge depois de em Manila ter visto o videoclip "Taco a taco", a ouvir fado à "A casa da Mariquinhas" da Maria João Quadros; não gosto num muito nem pouco de fado, depende do estado de espírito e de outras variáveis, mas essa noite foi memorável para mim: a determinada altura apercebi-me que estava a ouvir ... jazz; nunca me tinha dado conta desta faceta do fado, ou da forma como ali a ouvi, gostei muito; e fiquei a pensar que já ouvi quem dissesse que não existe música clássica ou popular, etc., que existe música, boa ou má música...
mas acreditando eu nalguma classificação por géneros/formas musicais, estava longe de imaginar a existência de fado jazz :-)

Helena Sacadura Cabral disse...

Mas que bela experiência. Não admira, porque a Muge é excelente e ir à Mariquinhas é sempre ganhar alguma coisa!
Eu, justamente, gosto de fado e de jazz. De jazz,gosto mesmo demais, se é que existe tal estádio. Como me deleito com Bach, Mozart e Beethoven. Depende do estado de espírito.
Já agora, também lhe confesso que nunca tinha ouvido o Gonçalo Salgueiro. E espantei-me com o fado numa voz de canto lírico. Não há dúvida que as surpresas se sucedem. Só que, desta vez, para si e para mim, elas foram bem agradáveis. Haja Deus!